10 julho 2010

A incompetência do centralismo leva-nos à ruína !

As contas públicas referentes aos primeiros cinco meses do 2010 registaram um agravamento do défice público face ao verificado em igual período de 2009. No ano passado, o défice foi de 3220 milhões de euros e passou este ano para 3727 milhões, como resultado dos números divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento.

São estes os péssimos resultados conseguidos pelos que desde à 20 anos combatem as regiões no continente. Mas ainda temos políticos de relevo no Norte, como o Presidente da Câmara do Porto, que apesar de dizerem que mudaram de opinião e reconhecerem o falhanço total do modelo politico/administrativo centralista, querem uma regionalização especial, mas que não sabem qual é o modelo, enfim que continuam com muitas dúvidas, e que se calhar é melhor deixar tudo como está, pois não lhe garantem (!!!) uma regionalização como ele quer, mas que não sabe qual é, nem tem grandes ideias sobre isso!

Esta foi a posição que o Presidente da Câmara do Porto apresentou no seminário da CCDRN no dia 7 de Julho, ao contrário do Presidente da Câmara de Lisboa que se afirmou um defensor convicto e bem preparado das regiões, e assim na prática temos na cidade de Lisboa um defensor de todas as regiões e assim também do Norte. Não é isto tão irónico ?

Aos políticos do Norte que ainda tenham dúvidas, especialmente os do PSD, porque não estudam as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, que com mais de 30 anos de regionalismo, conseguiram através dos seus Governos Regionais, melhorar muito as condições de vida das suas populações, e assim conseguiram ultrapassar a região Norte em quase todos os indicadores económicos e sociais?

Dá assim tanto trabalho estudar os nossos próprios casos de sucesso? Não é óbvio, ao fim de tantos anos, que o estado central despesista e incompetente que nos está a levar à ruína, só pode ser drasticamente reformado transferindo para os governos autónomos mais competências, ao mesmo tempo que se reduzem fortemente o numero de ministérios, institutos, gabinetes, empresas públicas e municipais e consultadorias milionárias ?

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